Eletrônicos para Crianças

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    No computador, celular, televisão, os jogos eletrônicos chamam atenção das crianças em qualquer idade. Para colaborar com o desenvolvimento da criança, o jogo eletrônico precisa trabalhar com algumas competências e habilidades cognitivas

     

    Nas escolas tornam-se frequentes crianças de três a cinco anos brincando com aparelhos eletrônicos. Ao mesmo tempo em que elas se divertem com os games educativos também aprendem algo novo.

     

    Uma pesquisa realizada em 2012 pelo AVG Digital Diaries sobre o comportamento infantil apontou que 44% das crianças entre dois e três anos sabem como jogar video games básicos de computador. Ja a faixa etária de seis a nove anos, 51% permanece conectada até duas horas por semana e mantém uma rede social.

     

    Segundo o Dr. Leandro Teles (CRM-SP: 124.984) neurologista formado e especializado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo (FMUSP) e membro efetivo da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), os eletrônicos podem acarretar diversos benefícios ao desenvolvimento da criança se for utilizado de maneira adequada. “Os jogos e as brincadeiras na frente do computador podem ajudar no desenvolvimento da criatividade, na coordenação motora, na interação, compreensão de ganhar e de perder e até as habilidades do raciocínio lógico desde pequeno”, afirma o neurologista.

     

    No computador, celular, televisão, os jogos eletrônicos chamam atenção das crianças em qualquer idade. De acordo com o neurologista para colaborar com o desenvolvimento da criança, o jogo eletrônico precisa trabalhar com algumas competências e habilidades cognitivas. ”No jogo, a criança aprende desde cedo como montar um planejamento estratégico, usar a criatividade e até a coordenação motora para avançar uma fase, por exemplo. Vale ressaltar que o jogo deve ser educativo para ajudar no desenvolvimento da criança”, ressalta.

     

    Estabeleça Limites

     

    Os pais devem ficar atentos na escolha dos filhos em relação aos jogos. “Antes de incentivar o seu filho de três ou cinco anos a jogar, verifique se aquele jogo é compatível com a idade da criança. O Ministério da Justiça disponibiliza a classificação indicativa de cada jogo, justamente para os pais observarem a história do jogo, narrativa, se é fácil de jogar, cenas e conteúdo”, explica o Dr.Leandro Teles.

     

    Se os pais descuidarem e deixar o filho brincar sem estabelecer limites, o jogo pode exercer uma influência negativa. “O jogo em excesso evita que a criança estimule outras áreas, por exemplo, ela pode ter dificuldade em conversar com o coleguinha e de se relacionar”, sugere o especialista.

     

    As crianças que nasceram na geração da tecnologia não tem culpa, por isso, para evitar que o seu filho seja refém da tecnologia, coloque limites e incentive o pequeno fazer outras atividades como aula de natação, inglês, judô que também estimulam o desenvolvimento da criança. “Lembre-se que as brincadeiras e o convívio social do seu filho não deve se limitar a uma tela de computador”, finaliza o neurologista.

     

    Dr. Leandro Teles

     

    Fonte: Materlife abril/2014

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