Hospitais lotados, pacientes pelos corredores e falta de materiais. Este foi o quadro exibido pela reportagem do Fantástico no dia 25 de maio e que confirma as críticas do Conselho Federal de Medicina (CFM) acerca do caos existente no setor saúde. A matéria tomou como base o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a qualidade do atendimento em 116 hospitais públicos, o qual constatou significativas desigualdades tanto na comparação do modelo público com o privado quanto no Sistema Único de Saúde (SUS).
Na reportagem o 1° vice-presidente do CFM, Carlos Vital, disse que para salvar os pacientes é necessário melhorar a administração pública: “Mais saúde depende de maior financiamento, melhor gestão administrativa, mais capacitação médica e um bom sistema nacional de controle e avaliação. Infelizmente, a vontade política ainda não foi suficiente para a implementação desses parâmetros fundamentais a mais saúde”.
O TCU verificou que 64% dos hospitais visitados apresentam taxa de ocupação de emergência maior do que a capacidade prevista, e em 19% essa situação ocorre com alguma freqüência. E também que em 81 % dos hospitais o principal problema é o déficit no quadro de profissionais. Em 63% deles, a constante falta dos profissionais ao trabalho provoca impactos substanciais na prestação dos serviços.
Fonte: Jornal de Medicina maio/2014