“Já deveríamos, desde a infância, treinar nosso cérebro para uma vida longa e saudável. Afinal, é um órgão dos mais importantes e, para se ter uma ideia, apesar de pesar cerca de 1300 gramas, consome 20% do oxigênio do corpo.”
A observação do neurologista Miguel Muratore se torna ainda mais procedente se considerarmos que temos 100 bilhões de neurônios, os quais se conectam em uma rede de mais de 100 trilhões de conexões – estímulos cerebrais que devem ser nutridos e estimulados ao longo da vida.
Estimulando conexões
Segundo Muratore, as atividades físicas são imprescindíveis, especialmente as caminhadas, que ajudam a manter os estímulos cerebrais por prevenirem diabetes, hipertensão ou colesterol – todos inimigos das conexões do cérebro. “Devemos dar 10 mil passos durante o dia, que podem ser intercalados em atividades cotidianas, isto é, em períodos menores.” Para isso o médico sugere o usa do pedômetro, pequeno aparelho que mede a quantidade de passos.
Também fundamentais são as atividades relacionadas com o próprio cérebro, que devem aliar novidade, variedade e apresentar desafios.
Em terceiro lugar, mas não menos importante, o neurologista aponta a socialização: “É importante ter grupos de amigos, ter recreação, atividades lúdicas e companhia”.
Para estimular o cérebro: aprenda um novo idioma, a tocar um instrumento, discuta temas atuais, aprenda informática. Essas atividades ajudam a formar novos circuitos cerebrais.
Depois que chega, o Alzheimer não tem cura. É progressivo. Cerca de 40% das pessoas que começam a ter falhas na memória evoluirão para Alzheimer no índice de 15% ao ano, após os 85 anos. Então, vamos manter o cérebro saudável?