Entidades médicas rebatem ministro da Saúde

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgaram nota no dia 13 de julho rebatendo declarações feitas pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, no mesmo dia, quando falou, entre outras coisas, que há médicos que “fingem que trabalham”.

 

Segundo as entidades, são completamente inadequados os comentários “pejorativos que se mostram desconectados da realidade a respeito do trabalho dos profissionais da saúde, em especial dos médicos. bem como da própria dinâmica de funcionamento do SUS”.

 

A nota destaca: “Na incapacidade de responder aos anseios da população, transferem para as categorias da área da saúde, sobretudo para os médicos, a culpa pela grave crise que afeta a rede pública, No entanto, polêmicas infundadas não eximem o Estado de suas responsabilidades ou afasta a compreensão da falta da indispensável atenção administrativa”.

 

Por fim, o documento ressalta: “O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) reiteram seu compromisso com o SUS e conclamam a todos que comungam do mesmo ideal, inclusive os gestores – nas esferas municipal. estadual e federal – a somarem esforços evitando contendas ou divisões, as quais somente afastam o País da oferta de uma saúde pública de qualidade para todos”.

 

Ministro disse que usou “figura de linguagem”

 

No dia 20 de julho, uma semana depois de atacar médicos que “fingem que trabalham”, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, recuou e disse que usou “figura de linguagem”, O recuo aconteceu durante cerimônia no Palácio do Planalto, Barros chegou a atribuir a culpa à imprensa e disse que se referia só a médicos faltosos da atenção básica de saúde.

 

Pegaram só a parte que fala da exigência do cumprimento de horário, em que eu usei uma figura de linguagem – disse ao jornal O Clobo. E acrescentou: “A polêmica atende a vários interesses, menos ao da Saúde, Aos médicos, de modo geral. a quem não me referi. não comprem esta fala como qualquer ofensa, Eu diria que o erro foi da forma como a imprensa a divulgou”.

 

Fonte: REVISTA CREMERS

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