Estimular a criatividade garante um futuro independente aos pequeno

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Educar uma criança é um processo desafiador e cheio de encantamento. É muito mais do que proporcionar afeto e carinho. A partir dessa premissa muitas dúvidas surgem. Um psicopedagogo e informações adequadas podem ser aliados dos pais nesta caminhada educacional. Os bebês crescem e evoluem através dos seus modelos (pais, cuidadores, avós, tios, entre outros). Quando o assunto é desenvolvimento humano temos diversos aspectos para considerar, ainda mais quando se fala em bebê.

 

Segundo a Psicopedagoga especialista em transtorno do desenvolvimento da infância e adolescência, Dra. Viviane Cristina Souza, partimos do olhar na gestação, desde os cuidados físicos (pré-natal), como também emocionais e espirituais (equilíbrio). É neste período de formação que o bebê também compreende o mundo através das sensações maternas.

 

“É importante ter atenção no desenvolvimento gestacional, pois os cuidados com o novo ser começam nesta fase”; alerta a especialista. Ela acrescenta que o estímulo vem desde cedo, como, por exemplo, fazer com que o bebê se esforce, pegando as coisas e se superando. Isso ajuda a estimular a inteligência.

 

Viviane destaca que quando o bebê nasce certamente os cuidados físicos são prioridade, ou seja, alimentação, sono, higiene, exames, vacinas. Porém, a forma como tudo é realizado faz a diferença. O bebê, bem como a criança e o adolescente necessitam de uma rotina bem estruturada. O modo de executar cada uma das ações, dando significado é uma forma de estimular. Um exemplo é quando a mãe troca seu filho e conversa sobre o que está fazendo, onde está a perninha, o pezinho … há um pequenino ser ali que se identifica com a voz da mãe (chamada de mamanhês).

 

O estímulo é essencial para o desenvolvimento. Quando a criança recebe o comando adequado, o cérebro consegue desenvolver ao máximo as suas potencialidades e formam-se novas conexões cerebrais. Isso permanece durante toda a infância e a adolescência, ou seja, o estímulo é importante em todas as fases. As crianças já nascem com uma tendência natural à criatividade, e só têm a ganhar, em curto, médio e longo prazo, quando os adultos estimulam essa capacidade inventiva em casa ou durante os passeios.

 

O desenvolvimento do ser humano está vinculado à maturação cerebral, que se inicia dentro do ventre materno e vai até a fase adulta. A neurociência ainda não tem definida uma idade cronológica em que a estrutura e função do cérebro estão completamente amadurecidas, mas a estimativa é para além dos 30 anos, contudo esta maturação está relacionada com aprendizagens. Toda a base está alicerçada nos primeiros anos de vida e são essenciais para o desenvolvimento humano apresentando períodos sensíveis, portanto, momentos em que a aprendizagem de habilidades ou desenvolvimento de aptidões e competências se faz de modo mais facilitado, são as famosas janelas de oportunidades. Quando expostos a determinados estímulos é muito mais fácil desenvolvê-los na sua totalidade.

 

Dra. Viviane salienta que o nosso cérebro é flexível e adaptável, sendo possível desenvolver muitas habilidades durante toda a vida. Caso alguma habilidade não seja estimulada na “janela de oportunidades”talvez seja necessário mais empenho e intervenção para a sua aquisição. Nesse sentido Bartoszeck (2007), pautado nos estudos de Doherty (1997), apresenta as seguintes funções que podem ser estimuladas em determinadas faixas etárias:

 

JANELAS DE OPORTUNIDADES

 

Períodos mais propícios ao desenvolvimento de habilidades:

Funções – Faixa etária

  • Visão: 0- 6 anos
  • Controle emocional: 9 meses – 6 anos
  • Formas comuns de reação: 6 meses – 6 anos 
  • Símbolos: 18 meses – 6 anos
  • Linguagem: 9 meses – 8 anos
  • Habilidades sociais: 4 anos – 8 anos
  • Quantidades relativas: 5 anos – 8 anos
  • Música: 4 anos -11 anos
  • Segundo idioma: 18 meses -11 anos

 

Fonte: Doherty (1997 apud Bartoszeck 2007)

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