AVC significa Acidente Vascular Cerebral, popularmente conhecido como derrame. “Existem dois grandes grupos de AVCs: os isquêmicos, que correspondem a aproximadamente 85% dos casos, e os hemorrágicos”. A explicação do neurocirurgião Carlos Eduardo da Silva já indica que requerem muita atenção. “Os hemorrágicos possuem múltiplas origens; crises hipertensivas e rupturas aneurismáticas estão entre as causas mais graves de AVCs, com maior mortalidade, e seu tratamento requer rápida investigação diagnóstica com equipe neurocirúrgica habilitada para o efetivo manejo”, esclarece.
O AVC isquêmico é o mais comum, sendo um sério problema de saúde pública. Dados recentes estimam que a incidência atual é de 16 milhões de casos novos a cada ano no mundo, sendo que, destes, seis milhões morrem. Os índices de sequelas e incapacidades são igualmente elevados. No Brasil, acima de 60 mil mortes/ano são decorrentes dele.
Vida saudável é a melhor prevenção
O médico informa que “na maioria dos casos de AVC isquêmico, as doenças de base mal controladas, tais como diabetes, hipertensão arterial, obesidade, tabagismo e sedentarismo, estão intimamente relacionadas ao processo que leva ao Acidente Vascular Cerebral como um desfecho final. Portanto, um estilo de vida saudável e revisões médicas periódicas são as melhores e mais eficazes medidas de prevenção”.
Sintomas e recomendações
O AVC tende a acometer pessoas após os 55 anos de idade, e os sintomas mais frequentes são fraqueza de um lado do corpo, alteração visual ou de fala e alteração da sensibilidade. “Dor de cabeça muito intensa e súbita pode estar relacionada ao AVC hemorrágico”, afirma o neurocirurgião.
Por isso, fique atento: “No caso de qualquer um destes sintomas, a recomendação atual é que se acione imediatamente um serviço médico de transporte especializado, da rede pública ou privada, para o deslocamento imediato do paciente para uma unidade de tratamento do AVC agudo. Se este atendimento for realizado em um prazo curto desdeo início dos sintomas, idealmente entre três e seis horas, os métodos modernos de revascularização através de medicações e intervenções podem minimizar e até mesmo reverter um acidente vascular cerebral em curso”, conclui o médico.
Fonte: Revista Saúde – março2016