A relação das gorduras com a saúde já é estudada há pelo menos 50 anos, e algumas das conclusões indicam que, além de darem sabor aos alimentos, fornecem uma parte importante da energia que precisamos diariamente e ajudam na absorção de vitaminas lipossolúveis, como as vitaminas A, K e D. Porém, é essencial sabermos identificar as que têm essa função positiva e as que devem ser evitadas.
O médico nutrólogo Paulo Francisco Henkin explica que as gorduras podem ser de origem vegetal – os chamados “óleos”, como os de milho, arroz, oliva, girassol, soja, entre outros – e de origem animal, como as das carnes, leite e derivados. “Estas são as gorduras saturadas, que são sólidas em temperatura ambiente, como a banha, manteiga e as das carnes. Já as de origem vegetal são insaturadas, com exceção da gordura de côco, que, apesar de ter origem vegetal, é sólida e, portanto, saturada.” Nos anos 1950, a indústria de alimentos desenvolveu uma técnica de processamento do óleo vegetal, a hidrogenação, que transformou o óleo em pasta (margarinas). Esta é a gordura que deve ser evitada, como esclarece o médico: “É a chamada gordura ‘trans’, que aumenta em três vezes o risco de infarto, pois aumenta o colesterol ruim e reduz o bom”, assegura.
- Por isso fique atento: leia sempre os rótulos dos alimentos, evitando o consumo de gordura vegetal hidrogenada (presente em margarinas, alguns pães, biscoitos, massas, sorvetes e produtos de confeitaria). Quando estiver escrito somente gordura vegetal, deve estar indicada, também, a origem desta gordura – se de côco, palma ou cacau, nestes casos, sem problemas.
- As gorduras vegetais, por sua vez, são divididas em dois grupos: mono e poli-insaturadas. Uma alimentação balanceada deve conter 1/3 de cada tipo de gordura, por exemplo: carne, leite e derivados (gordura animal), azeite de oliva (óleo vegetal monoinsaturado) e óleo de milho ou girassol, nozes e castanhas (óleo vegetal poli-insaturado).
Fonte: Revista Saúde