As células-tronco de cordão umbilical são coletadas no momento do parto ou cesariana, imediatamente após o nascimento do bebê e o clampeamento do cordão umbilical, não interferindo no procedimento. É um processo independente do parto, indolor e sem riscos para o bebê ou para a mãe.
A coleta de células-tronco da medula óssea é um procedimento cirúrgico, realizado sob anestesia e envolvendo múltiplas punções, normalmente do osso do quadril.
As células-tronco presentes no cordão umbilical foram menos expostas a efeitos nocivos de substâncias tóxicas, poluentes ou infecções, quando comparado as células-tronco provenientes da medula óssea de um adulto.
O sangue do cordão umbilical fica armazenado em tanques de nitrogênio líquido, a -196°C, e está imediatamente disponível para utilização em caso de necessidade.
As células-tronco do cordão umbilical são mais jovens biologicamente. Este fato resulta na necessidade de um menor número de células-tronco de cordão para o sucesso de um transplante, comparado a pacientes com peso equivalente que recebem transplante de medula óssea.
Quando o indivíduo recebe o próprio sangue de cordão ou medula óssea (transplante autólogo), não há rejeição (doença enxerto x hospedeiro).
Quando o sangue de cordão é transplantado em um outro indivíduo (transplante alogênico), a incidência de doença enxerto x hospedeiro aguda e crônica pós-transplante é menor quando comparado a transplante de medula óssea, pois as células presentes no cordão são imunologicamente mais imaturas.
Em função da imaturidade imunológica das células-tronco do cordão umbilical, é permitido uma maior flexibilidade no grau de compatibilidade na procura de um doador. Para receber transplante de medula óssea e necessário um grau maior de compatibilidade entre doador e receptor.
Estudos demonstram que o número de células-tronco no cordão umbilical pode ser suficiente para transplantar adultos, utilizando como parametro o número de células nucleadas por kilograma de peso do paciente a ser transplantado.
Aplicações Atuais de Transplante Autólogo de células-tronco
- Leucemia
- Mieloma Múltiplo
- Linfoma de Hodgkin
- Linfoma não-Hodgkin
- Sarcoma de Ewing
- Neuroblastoma
- Anemia Aplástica Adquirida
- Aplasia de Medula Adquirida
- Tumor de Wilms
- Rabdomiosarcoma
- Síndrome Mielodisplásica
- Meduloblastoma
- Tumor de células germinativas
- Situações em que cirurgias neonatais são necessárias, como em malformações congênitas
- Retinoblastoma
- Cordoma
- Hepatoblastoma
- Osteosarcoma
- Glioblastoma
- Ependinoma
- Doença granulomatosa crônica
Possíveis Aplicações Futuras de Transplante Autólogo de células-tronco
Uma publicação na revista SCIENCE, em 2000, demonstrou que as células-tronco hematopoéticas podem se desenvolver em tecidos neuronais, tecido ósseo, cartilaginoso, muscular e tecido hepático. Estas células ampliaram as perspectivas para uma MEDICINA REGENERATIVA.
Para a maior parte das doenças em que se cogita futuramente tratá-las com células-tronco, como paralisias, diabetes, doenças cardíacas, lupus eritematoso sistêmico, esclerose múltipla, Alzheimer, o ideal é que sejam utilizadas as próprias células do indivíduo, eliminando assim, os efeitos colaterais da rejeição.
- Doença de Alzheimer
- Artrite reumatóide
- Distrofia muscular
- Lupus eritematoso sistêmico
- Doenças cardíacas
- Acidente vascular cerebral
- Doença de Parkinson
- Esclerose múltipla
- Diabetes tipo 1
- Paralisias