O CFM e os Conselhos Regionais de Medicina estão mobilizados na campanha nacional de busca e defesa da criança desaparecida. No ano passado, o CFM publicou a Recomendação CFM nº 4/2014, alertando os profissionais médicos e instituições de tratamento médico, clínico, ambulatorial ou hospitalar para que, ao atender uma criança, fiquem atentos a procedimentos que auxiliam na busca por crianças desaparecidas.
O documento do Conselho orienta os médicos a prestarem atenção nas atitudes desses pequenos pacientes: “Observar como ele se comporta com o acompanhante, se demonstra medo, choro ou aparência assustada; observar se existem marcas físicas de violência, como cortes, hematomas ou até abusos”.
A Recomendação do CFM ainda alerta que os médicos peçam a documentação do acompanhante. Conforme a orientação do documento, “a criança deve estar acompanhada dos pais, avós, irmão ou parente próximo. Caso contrário, pergunte se a pessoa tem autorização por escrito”. Além disso, recomenda-se “desconfiar se o acompanhante fornecer informações desencontradas, contraditórias ou não souber as perguntas básicas”.
No Brasil, são registrados em média 50 mil casos de desaparecimento de crianças e adolescentes por ano.
Dr. Cláudio Balduíno Souto Franzen (Conselheiro do CMF)
Fonte: REVISTA CREMERS | Abril – 2015