Combate ao fumo

242

combate ao fumo

No Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto, o CFM chamou atenção dos médicos e da sociedade sobre os riscos relacionados ao consumo do narguilé e do cigarro eletrônico, utilizados especialmente entre os jovens.

 

A Comissão de Controle do Tabagismo do CFM produziu alerta – referendado pelo plenário da entidade – em que ressalta que todas as formas de uso do tabaco, mesmo aquelas apontadas – de forma equivocada – como menos nocivas, comprometem a saúde e uma melhor qualidade de vida. 

 

Segundo o CFM, ha um acúmulo de evidências que sugerem que fumar narguilé e cigarros eletrônicos podem trazer riscos semelhantes ou mesmo maiores que outras formas de uso de tabaco, comprometendo a saúde de seus usuários. “A concentração de nicotina nesses produtos é extremamente alta. Uma hora de uso do narguilé corresponde a 100 cigarros comuns”, aponta Alberto José de Araújo, membro da comissão. 

 

No alerta, o CFM pede ainda que o governo (em todas as suas esferas de decisão) elabore e implemente nas políticas públicas de combate ao tabagismo ações específicas relativas ao narguilé e ao cigarro eletrônico, com a adoção de campanhas de esclarecimento e definição de linhas de tratamento e orientação nos serviços específicos. 

 

Artesanal – Outro ponto de preocupação, segundo o CFM, é que o narguilé funciona como porta de entrada para o consumo de cigarros. “Há estudos demostrando o preocupante aumento de jovens consumindo-os. A grande parte dos fumantes de hoje começou o vício com menos de 18 anos”, relata Araújo. O comércio do narguilé no Brasil não é proibido por ser considerado “produto artesanal”. 

 

O alerta com relação aos cigarros eletrônicos (e-cigarros) – proibido no Brasil pela Anvisa, desde 2009 – está vinculado aos efeitos de longo prazo, sobretudo comportamentais. De acordo com estudos internacionais, como produto que libera níveis mais baixos de toxinas do que os cigarros convencionais, ele é utilizado por alguns como subterfúgio para abandonar o tabagismo. Contudo, seu usa contínuo tem demonstrado efeito contrário, ou seja, seus usuários costumam se tornar fumantes intensos. 

 

fonte: Revista CREMERS – Setembro 2014

Artigo anteriorCusto do Mais Médicos já supera os R$2,6 bilhões
Próximo artigoCremers publica nota sobre a atuação de médicos no Mercosul