Espelho, umbigo, palhaço, lugares abertos lugares fechados, altura e aranha. O que tudo isso tem em comum? São fobias, medos irracionais causados por situações, ambientes, animais e objetos, que atingem cerca de 15% das mulheres e aproximadamente 6% dos homens, em todo o mundo. O neurologista Miguel Muratore explica que as fobias denotam um transtorno de ansiedade, levando a um temor incontrolável, inclusive com manifestações clínicas de taquicardia, suor excessivo e até mesmo crises de pânico e síncopes.
“Às vezes, as pessoas passam por situações de medo e descontrole por anos, chegando até a gerar incapacidade social e profissional, sem saber que é possível tratar e curar as fobias”, explica a neurologista. Ele esclarece que a fobia, na verdade, é uma fantasia exacerbada pelo transtorno de ansiedade, em diferentes graus de intensidade, Então, como tratá-las? Segundo Muratore, o tratamento é cognitivo-comportamental, isto é, expor ao agente fóbico em pequenas doses: “Aos poucos, levar a pessoa à situação ou objeto, desconstruindo qualquer temor da possibilidade que algo acontecerá”, esclarece. E mais: associar este tratamento a psicoterapia e medicamentos contra ansiedade e depressão, que, muitas vezes, acompanha este quadro. O tempo de tratamento irá variar de acordo com o grau de intensidade da ansiedade que gera a fobia, mas o fundamental é buscar o tratamento psiquiátrico ou neurológico.
Fobias: das mais comuns as mais raras
Agorafobia: medo de espaços abertos e de multidões.
Acrofobia: medo de altura, é uma das mais comuns.
Anuptafobia: medo de ficar solteiro.
Aracnofobia: aversão a aranhas, é uma das mais conhecidas.
Cacorrafiofobia: medo patológico de errar.
Caetofobia: medo de pelos e cabelos.
Catsaridafobia: medo de baratas.
Claustrofobia: uma das mais comuns, é o medo de lugares fechados.
Coulrofobia: medo de palhaços.
Eisoptrofobia: medo de espelhos, geralmente associado ao medo do sobrenatural.
Filemafobia: medo de beijos, seja na boca, bochecha ou testa.
Fobia social: tensão e medo em exposição ou atividades sociais, pode levar ao isolamento.
Gamofobia: Medo de casar, em geral relacionada a perdas no passado, ou com a possibilidade de virem a acontecer.
Gerascofobia: medo de envelhecer.
Onfalofobia: medo de umbigos, não pode ver nem tocar o seu nem o de outros.