Uma reportagem publicada no jornal Zero Hora no dia 30 de julho expõe dados referentes aos leitos do SUS. O número total de leitos e baseado em dados do Ministério da Saúde e inclui os complementares – de UTI, de isolamento e cuidados intermediários.
Porém, segundo a assessoria de imprensa do ministério, as dados anteriores a 2004 computam leitos que sequer existiam ou que eram contabilizados duas vezes, o que dificulta a conhecimento de estatísticas mais precisas ate 2005.
Embora sem grande discrepância, os dados referentes ao período de 2005 a 2014, fornecidos ao jornal ZH pelo ministério, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e pelo Simers, também divergem. A SES destaca que a número de leitos do SUS cresceu nos últimos três anos, mas a secretária Sandra Fagundes admite que, entre 1993 e 2003, havia leitos só no papel no Estado.
O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremers), Fernando Weber Matos, afirma que há um déficit de 10 a 12 mil leitos no Rio Grande do Sul:
– O fato e que estamos com hospitais superlotados e pacientes nos corredores das emergências esperando tratamento.
Conforme a Conselho Federal de Medicina (CFM), entre janeiro de 2010 e julho de 2013, quase 13 mil leitos do SUS foram desativados no país. Nove Estados tiveram balanço positivo, entre os quais o RS, que, segundo o estudo, teve incremento de 351 vagas.
Fonte: Revista Cremers – setembro 2014